A VEZ DO POETA com Esperantivo

TENHO MEDO

Não tenho medo da morte,
Pois é pura e natural.
Tenho medo dos falsos amigos,
Pois nos traem e nos apunhalam pelas costas,
Bebem de calúnia.
Não temo o inimigo.
Deste, já conheço a malícia.
A calúnia é como penas ao vento.
Depois de dita, jamais consegue-se juntar.
Propaga-se como erva daninha.
O verdadeiro amor, parece que entrou em extinção.
Hoje ser amigo é questão de conveniência, troca de benefícios,
E não uma relação de sinceridade e amor fraternal.
Vivo na certeza da mobilização da sensibilidade humana,
Mas temo o egocentrismo e individualismo das pessoas,
Onde, para se vencer na vida, passa-se por cima do semelhante.
São estes acontecimentos que nos dão prova da insensibilidade humana.
Tenho medo que o individualismo, o egocentrismo e a maleficência infectem as crianças,
Fazendo-as perder a inocência, a beleza humana...
Por isso busco propagar a paz em minhas mensagens.
E em minhas ações, busco crer na amizade, no amor e na benevolência,
Pois não consigo viver isolado, sem amigos...
Creio na educação e na educação como veículo de transformação!
Tenho medo apenas, de perder a relação espiritual com Deus,
Pois este é nosso Amigo Incondicional.
Assim, para melhor entender a vida, cultivo a sensibilidade.
E para entender melhor a morte, entendo a vida...

Luiz Esperantivo