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segunda-feira, 27 de abril de 2009

CAPITULADAS

Quando se envelhece, nada mais aborrece. Muito menos, acontece. Essa coisa do padece, é a que mais comparece. Não arrefece! Apesar dos oferecimentos, os permanentes agradecimentos.

Bula vira literatura! Medicamentos, mais lentidão do que alentos.

Entrar em liquidação é passar do saudável para o saudoso. De titular, para coadjuvante. Referencial - não referência. Sem saldo e sem crédito, não salvo, restando em ainda os salvados, poucos, a única salvação é a de continuar acreditando no que presumidamente nunca foi. Todavia, a idade é seletiva; as substituições acontecem…

A memória não mais lembra a tanta história. A estatura do corpo quer parecer mais uma estátua; aqueles membros, passados os muitos dezembros, ficam perdidos. Alguns, totalmente amolecidos; outros, empedernidos.

Nada funcionando muito bem, é um abstém que não tem fim. Nesse período, começa o sentimento místico, querendo ser altruístico em outra vida. Já que em nessa, não cumprindo nem promessa, de frente não enxergando, decente nunca foi. Ah! Capituladas! Nos muitos capítulos que aí estiveram, em páginas viradas, em textos ignorados.

A Vida é para ser lida; interpretada e declamada. Quem parte em analfabeto dos versos, não vai para o céu…

Por Arnaldo Massari

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