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quarta-feira, 8 de abril de 2009

SE PUDESSE EU COMPRAVA A MOCIDADE
NEM QUE FOSSE PAGANDO À PRESTAÇÃO.

Meu passado foi bem aproveitado
Tive força, vigor e sensatez...
Eu contava feliz a cada mês
Doze moças que havia namorado.
Hoje em dia ninguém vejo ao meu lado,
Meu futuro ficou sem direção.
Quando vem essa tal recordação
Eu suspiro dizendo com saudade:
“Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação”.

Assisti sorridente a cada cena
Todo o filme da minha juventude,
A beleza se fez minha virtude
Quando tinha ao meu lado Madalena.
No meu peito restou essa Safena
Não é musa pra ter no coração,
Porém ter é sinal de obrigação
Se quiser pouco mais longevidade,
Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação.

Quando moço não quis saber de estudo,
Permiti que o meu tempo fosse vago.
Hoje vejo que o tempo fez estrago...
Tornou nada o meu tempo (ou quase tudo).
Desse tempo o punhal pontiagudo
Fez sangrar sem dar valorização,
Pois quem tinha esse dom jogou no chão,
E eu falei para o tempo: “Majestade,
Se pudesse eu comprava a mocidade
Nem que fosse pagando à prestação”.

Mas passado não volta nunca mais,
O que é bom pouco a pouco se dissolve...
Pega o tempo, carrega e não devolve
Deixa claro cumprindo os seus ‘sinais’.
Eu sou contra essas leis universais...
Deveria pra cada cidadão
Existir outra chance, aí então
Ele iria escrever com mais vontade:
“Tô comprando de volta a mocidade
Nem que seja pagando à prestação”.

Poeta Felipe Júnior
A poesia está no CD do poeta "Na Boleia da Rima e do Riso"

1 Comentários:

  1. Amo esse seu poema, Felipe. E no CD do qual ele faz parte é um melhor que o outro.
    Abraço

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