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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A VEZ DO POETA com Anderson Brito

CANTANDO UMA SAUDADE

Sou poeta cantador,
Lá das bandas do sertão.
Comigo o Pajeú,
Do peito inspiração.
Poetar é minha vida,
Alma em versos traduzida
Rimo com o coração.

Traduzo aqui a vida
Sofrida de minha gente
Que apesar de todos males
Vive feliz e contente
Na seca ou na fartura
Não perdemos a cultura
De cantar nosso repente.

Com viola ou violão
Fazemos a nossa rima
Ou até em um aboio
Nosso verso não termina
Vou agora recitar
Vou cantando sem cessar
Vou cantar em cada esquina.

O cheiro da saudade,
Capim, terra molhada,
Zé da vaca e Dona Flor
Pastorando a boiada
Ali eu vivi contente...
Tomo um gole d’águardente,
Não quero saber de nada

Ao cantar minha saudade
Eu choro em cada verso,
E ao lembrar da minha terra
Em prantos logo confesso
Sou um caboclo que chora
Pois então não vejo a hora
De começar meu regresso

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