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quarta-feira, 1 de outubro de 2008

POETA HÉLIO LEITE NO DI-VERSIFICANDO

POR CAUSA DELA

Bebi, criei confusão,
Fiz coisas de fazer dó,
Virei mesas, quebrei copos,
Acabei com o forró
E alguém para me enfrentar
Eu não encontrei um só.

“Em pingo d’agua dei nó”,
A polícia me cercou,
Puxei a arma, atirei,
A mesma então recuou,
Não me entreguei, nem corri
E “soltinho” aqui estou.

Homem valente não sou,
Foi o efeito da “cana”,
Foi o desprezo cruel
Daquela pernambucana
Que me fizeram tomar
Atitude tão insana.

E nesta mesma semana
Eu, de novo, estou na praça,
Armado, causando medo
E bebendo mais cachaça,
Desejando algum insulto
Pra fazer uma desgraça.

Quanto mais o tempo passa
Cresce minha solidão.
Ela não quer me aceitar,
Nem de mim tem compaixão.
Eu parei para pensar,
Tomei esta decisão:
É melhor eu me aquietar,
Pois se assim continuar
Eu morrerei só, e em vão.

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