VIAGEM AO PAJEÚ
Estive essa temporada natalina no sertão do Pajeu. Minha terra, meu berço imortal! Mas percebi como as coisas mudaram. Como a cultura se perde diante de uma, duas ou três pessoas. Passou-se o tempo em que víamos as grandes festas de São José do Egito-PE. Rua da Baixa… Festa de Reis… Carro da Pitú… Otonni Propagandas… Cirandas… Catorias… bacamarteiros em frente ao Hotel Central… etc. É como Dasneves Marinho disse num simples mote: “Passa tudo na vida, tudo passa, mas nem tudo que passa a gente esquece”.
Pedi o rogo dos santos poetas para que clareassem a visão da Secretaria de Cultura daquela cidade, mas de nada adiantou.
Ouvia-se nas ruas pelos “carros de som” e nas rádios:
“Não percam! Dias 03 e 04 de janeiro, na Festa de Reis, a voz da Bahia em São José do Egito-PE… Araketu e a banda que é fenômeno do momento… Banda Calipso. Venha com sua família e participe dessa grande festa…”
Doía meu coração ouvir aquilo. Chamei Jorge Filó e fomos conversar sobre poesia. Ao sabor de aguardente com um peixe que estava uma beleza, improvisamos, lembramos de grandes poetas, rimos com as histórias do povo e pensamos qual era a cara da cidade hoje. Sem respostas, decidi me exilar durante a maior parte dos dias na cidade de Dedé Monteiro.
São José do Egito-PE ainda tem esperanças. O Governo Evandro Valadares dispensa comentários. Melhorou e muito a nossa cidade. Que o novo Secretário de Cultura de São José não tenha como exemplo a bagagem deixada pelo outro, mas que tenha novos sonhos e veja a grandiosidade da cultura presente naquela terra. A cultura não morreu com a morte dos poetas, mas continua vivo na presença dos novos.
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