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quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

FELIPE JÚNIOR PUBLICA ARTIGO NO JORNAL JBF

VIAGEM AO PAJEÚ

Estive essa temporada natalina no sertão do Pajeu. Minha terra, meu berço imortal! Mas percebi como as coisas mudaram. Como a cultura se perde diante de uma, duas ou três pessoas. Passou-se o tempo em que víamos as grandes festas de São José do Egito-PE. Rua da Baixa… Festa de Reis… Carro da Pitú… Otonni Propagandas… Cirandas… Catorias… bacamarteiros em frente ao Hotel Central… etc. É como Dasneves Marinho disse num simples mote: “Passa tudo na vida, tudo passa, mas nem tudo que passa a gente esquece”.

Pedi o rogo dos santos poetas para que clareassem a visão da Secretaria de Cultura daquela cidade, mas de nada adiantou.

Ouvia-se nas ruas pelos “carros de som” e nas rádios:

“Não percam! Dias 03 e 04 de janeiro, na Festa de Reis, a voz da Bahia em São José do Egito-PE… Araketu e a banda que é fenômeno do momento… Banda Calipso. Venha com sua família e participe dessa grande festa…”

Doía meu coração ouvir aquilo. Chamei Jorge Filó e fomos conversar sobre poesia. Ao sabor de aguardente com um peixe que estava uma beleza, improvisamos, lembramos de grandes poetas, rimos com as histórias do povo e pensamos qual era a cara da cidade hoje. Sem respostas, decidi me exilar durante a maior parte dos dias na cidade de Dedé Monteiro.

São José do Egito-PE ainda tem esperanças. O Governo Evandro Valadares dispensa comentários. Melhorou e muito a nossa cidade. Que o novo Secretário de Cultura de São José não tenha como exemplo a bagagem deixada pelo outro, mas que tenha novos sonhos e veja a grandiosidade da cultura presente naquela terra. A cultura não morreu com a morte dos poetas, mas continua vivo na presença dos novos.

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