Firmes Teares
Eu vi o homem sentado na praça
Perdido no tempo da sua saudade
Olhando em desgosto a fria cidade
Querendo o respeito devido à raça
Eu vi o palhaço, sem riso e sem graça
Descendo a lona do seu picadeiro
Fechando a cortina, sem muito dinheiro
Deixando a esperança sem muita certeza
E vi a cigana sem carta na mesa
Sem ver no futuro, um presente inteiro.
Eu vi o presente tremendo de medo
Da falta de amor, dos homens covardes
Impondo na pena seus fúteis alardes
Criando interesses, ferindo o enredo
Eu vi a maldade dos podres segredos
Vi outra criança ferida na alma
Mulheres chorando e mãe sem ter calma
Um jovem indefeso, no tempo drogado
Menina perdida vivendo em pecado
Trocando o futuro por trocos na palma
Senti a saudade dos tempos de outrora
No tempo que o homem sentava à praça
Pra ouvir em silêncio um pouco da graça
Olhando sorrindo as cores da aurora
Um homem sereno, e rei da sua hora
Criando o seu tempo em pura harmonia
Trazendo o sorriso de volta a poesia
Fazendo o futuro em pleno presente
Um homem feliz, brincante e contente
Sentado na praça em plena alegria
Senti a esperança voltar novamente
Na mente inocente da nova criança
De riso faceiro, bailando na dança
Em plena harmonia com o seu ambiente
Seguindo o seu curso olhando pra frente
Senti a bondade dos novos olhares
Que sorriam brilhos trazendo nos ares
Um pouco da graça dos velhos palhaços
Brincando de roda em troca de abraços
Traçando o futuro em firmes teares.
Maviael Melo
Eu vi o homem sentado na praça
Perdido no tempo da sua saudade
Olhando em desgosto a fria cidade
Querendo o respeito devido à raça
Eu vi o palhaço, sem riso e sem graça
Descendo a lona do seu picadeiro
Fechando a cortina, sem muito dinheiro
Deixando a esperança sem muita certeza
E vi a cigana sem carta na mesa
Sem ver no futuro, um presente inteiro.
Eu vi o presente tremendo de medo
Da falta de amor, dos homens covardes
Impondo na pena seus fúteis alardes
Criando interesses, ferindo o enredo
Eu vi a maldade dos podres segredos
Vi outra criança ferida na alma
Mulheres chorando e mãe sem ter calma
Um jovem indefeso, no tempo drogado
Menina perdida vivendo em pecado
Trocando o futuro por trocos na palma
Senti a saudade dos tempos de outrora
No tempo que o homem sentava à praça
Pra ouvir em silêncio um pouco da graça
Olhando sorrindo as cores da aurora
Um homem sereno, e rei da sua hora
Criando o seu tempo em pura harmonia
Trazendo o sorriso de volta a poesia
Fazendo o futuro em pleno presente
Um homem feliz, brincante e contente
Sentado na praça em plena alegria
Senti a esperança voltar novamente
Na mente inocente da nova criança
De riso faceiro, bailando na dança
Em plena harmonia com o seu ambiente
Seguindo o seu curso olhando pra frente
Senti a bondade dos novos olhares
Que sorriam brilhos trazendo nos ares
Um pouco da graça dos velhos palhaços
Brincando de roda em troca de abraços
Traçando o futuro em firmes teares.
Maviael Melo
Tenho um texto que fala do mendigo
ResponderExcluirOutro dia estava andando a esmo,
Quando deparei com uma cena
Chocante nessa época do ano
Inverno... Chuva... Vento... Frio...
Encontrei duas pessoas deitadas dormindo
Uma no banco da praça,
Outra no chão em um papelão,
Ao relento,
Talvez seu estado fosse de embriaguez,
Talvez fome,
Talvez sono,
Muitos talvez para a mesma condição,
De humilhação.
Como chamamos essas pessoas?
Mendigos?
Necessitados?
Mas continuei a andar,
Apesar de a cena ter me chocado
Eu não parei.
Estava pensando que em algumas
Situações são tão parecidas,
Quando desejamos amor, carinho, paixão, amizade,
E não sendo correspondidos nos tornamos mendigos,
Mendigos de almas!
Somos diferentes dos mendigos de rua?
Humilhando-nos
Pedindo...
Implorando...
Desnudando...
Nossa alma sem retorno.
Myrian Benatti