Tanta coisa fiz, e nada vale a pena
Entre os desperdícios de papéis e tinta
Vi, no palco rubro que o mistério pinta,
Meu espírito vago se perder na cena,
Quem escreve sente, e por mais que sinta
Inicia o texto, mas depois condena,
Porque vê na frente uma mão que acena
Apagando as luzes de uma glória extinta
Escrever, p´ra que? Se o livro é mudo,
Se o tudo é nada, já não vale o tudo,
Só cansar as células deste meu capricho
Pois tu, coletânea, meu licor da arte,
Há de vir alguém para sepultar-te
Nas profundezas de um caixão de lixo.
Entre os desperdícios de papéis e tinta
Vi, no palco rubro que o mistério pinta,
Meu espírito vago se perder na cena,
Quem escreve sente, e por mais que sinta
Inicia o texto, mas depois condena,
Porque vê na frente uma mão que acena
Apagando as luzes de uma glória extinta
Escrever, p´ra que? Se o livro é mudo,
Se o tudo é nada, já não vale o tudo,
Só cansar as células deste meu capricho
Pois tu, coletânea, meu licor da arte,
Há de vir alguém para sepultar-te
Nas profundezas de um caixão de lixo.
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