Em novembro, ano passado, Quem assistiu ao primeiro, Lembra da beleza enorme Daquele show verdadeiro! Então, sem respirar fundo, Pegue a reta pro segundo! Abraços! Dedé MOnteiro.
Um Nordestino no Sul Autor Raimundo Nonato da Silva
Um Nordestino no Sul Não passa de um Pelegrino Tem do Nordeste no Sul Homem Mulher e Menino O que seria do Sul Se não fosse o Nordestino
O Nordeste enriquece o Sul Deixando a Terra avançada Vai do Nordeste pro Sul A mão de obra pesada E se não fosse o Nordeste O Sul não era de nada
O Nordestino trabalha Para ver o Sul crescer E o Sul por ser ingrato Nunca sobe agradecer Em troca cospe no rosto De quem lhe ensinou viver
O Nordeste deu fama ao Sul E o Sul mais nunca cai Quando um Nordestino vem Outro Nordestino vai Mas o Sul não reconhece O Nordeste como pai
O Sul e filho adotivo Que o Nordeste adotou Como pai lhe fez andar Como mãe lhe amamentou E o Sul não agradece O pai bom que lhe criou
O Sul só não reconhece Por ser o Sul desigual Copara o Sul com um carro Que caiu no lamaçal E o Nordeste lhe tirou Do atoleiro fatal
Vai trabalhador braçal Do nordeste ao Sul também Vai Chapeado e roceiro Ate carpinteiro tem Se não fosse o nordestino No sul não tinha ninguém
O nordestino é parada Luta muito e nunca falha Pega cobra com mão limpa Corta capim com navalha Ensina ao povo do sul Como é que se trabalha
Do nordeste pro sul vai O trabalhador cativo Trabalha como um escravo Não chega ao objetivo E as vezes por lá se acaba Quem fez o sul ficar vivo
Triste é ver o nordestino Sair pro sul do país Pra viver como um escravo Fazendo o que nunca quis Por que não tem no nordeste Um meio de ser feliz
Se tivesse dois países Um nordeste outro Brasil Eu creio que o nordeste Ganharia nota mil Começando do mais velho Até o mais infantil
Vamos fazer no nordeste Mais indústrias e mais empresas Pro nordestino sair Do sul que nos trás tristezas Vamos fazer do nordeste Um reinado de riquezas
Nunca mais vou armar a minha rede No alpendre pra ver o sol se por Pra não ter que lembrar daquela flor Que na seca, morreu de fome e sede.
Hoje eu sei que uma mãe com muito amor Toca os lábios da boca analfabeta Revelando ao seu filho cantador Que hoje sabe que ele foi poeta.
Se os astros seguiam nos seus rastros Natural que o poeta siga os astros Como todos um dia seguirão.
Ficaremos aqui, pois é verdade Dividindo e somando uma saudade Da família, de nós e do Sertão.
Lucas Rafael
TV Força Jovem
Refletindo
SOBRE A PERPETUAÇÃO POLÍTICA E OS DANOS SOCIAIS
A visão da sociedade sobre ideologia política está cada vez mais fragmentada. E não é por falta de políticas públicas, mas pela ausência de público crente em uma política de mudança, visto a descrença frente à confiança uma vez posta aos seus gestores. É daí que surge o que chamamos de Ciclo da Descrença Política: pessoas que, uma vez optando pela anulação do voto, repassam esta ideia a tantas outras. A grande problemática do poder se define pelo simples fato de que, uma vez desfrutando do poderio político-social, imaginamos ser esse poderio, ininterrupto, imutável e intransferível. Entretanto, há, pelo senso comum, razão nesse entendimento, pois sempre cogitamos que ninguém é capaz de fazer o trabalho melhor do que nós mesmos, ou que ninguém pode dar, com exceção de nós mesmos, continuidade ao que já foi posto. Não é recente o grande número de políticos que buscam, tentam ou conseguem, não necessariamente nessa ordem, eleger seus sucessores. Basta analisar os sobrenomes, familiaridade ou apadrinhamentos, necessariamente nessa ordem, que estão nas nossas Câmaras, Assembleias e no Congresso Nacional. O surgimento da perpetuação política é alimentada cada vez mais por nossos políticos e isto é uma afronta ao sistema democrático. Aristóteles, através dos tempos, nos diz que, como seres pensantes, somos necessariamente seres políticos, quer seja no sistema político social, quer seja na nossa casa ou até mesmo no nosso trabalho. Penso que alguns políticos fazem uma interpretação errônea deste pensamento aristotélico. É fato, segundo o pensador, que todos nós somos seres políticos, mas nem todos temos a capacidade de representação política frente à sociedade. A problemática está justamente quando queremos usufruir do poder que nos é dado para satisfação do nosso ego. A democracia nos revela que o poder é para ser posto a serviço unicamente da sociedade e, quando este se encerra democraticamente, faz-se necessário que outro usufrua deste mesmo poder, através do voto, para inovar ou dar continuidade ao que já foi posto. Entretanto, o que vemos hoje é uma perseguição ferrenha aos projetos elaborados ou executados por um gestor, caso este seja opositor ideologicamente (às vezes pessoalmente) daquele. É daí que se concretiza o dano social. A sociedade não pode sofrer quaisquer danos dessa natureza. É intolerável. O sistema político brasileiro aprovou a emenda constitucional n° 16, de 04 de julho de 1997, que trata da reeleição. O objetivo da emenda agraciava gestores que não concluíram seus projetos no prazo estabelecido na constituição, o de 4 anos, podendo estes se reelegerem por mais 4 anos. O grande problema no Brasil é o que chamamos de grupos políticos, sim, unicamente patotinhas políticas sem ideal partidário (aliás, quem lê estatuto partidário antes de se filiar a algum partido político?), sem identidade própria e sem propostas de mudança, que não só defendem, mas lutam acirradamente pela perpetuação no poder. É preciso que, ao invés de defendermos uma reforma política emergencial, defendamos uma reforma urgente na forma de se pensar política no Brasil, evitando os danos que tantos são prejudiciais à sociedade brasileira.
Eu envolvo demais meu coração Com pessoas que ainda não conheço, E o ditado nos diz e tem razão, No amor: tudo é flores no começo!
Esse meu coração está perdido Sem ter rota e motivos pra sorrir. Quando a bússola me mostra um sentido Já não tem mais sentido pra seguir!
Quando a sorte estiver ao meu favor Talvez outra vez eu possa gostar! É que amor de verdade tem sabor De paixão e desejos de amar!
Andrade Lima Recife, 14/05/2015
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As coisas do Pajeú
Para Dedé Monteiro, um verdadeiro símbolo do Pajeú
Verdadeiros fragmentos Da minha imaginação São os risos e lamentos Que vivi no meu sertão. São as cores, brincadeiras, Corridas pelas ladeiras Vistas só a olho nu. Aqui vou falar verdades... O que originar saudades, São coisas do Pajeu.
O cheiro forte da cana; Pequenos redemoinhos; Doce mel da italiana; As casadas pelos ninhos; A minha baleadeira Mirando numa madeira Pra atiça o velho enxu E mãe dando o seu recado: “Não bula nisso danado!” São coisas do Pajeu.
Fazer o sinal da cruz Quando passa em frente a Igreja Pra pedir ao bom Jesus Que sua benção esteja Sempre mais em nossa vida; Botar mijo na ferida; Jogar sal em cururu; Brincar de barra-bandeira Pra ver quem dá mais carreira, São coisas do Pajeu.
Grilo cantando na mata Pra adivinhar que vem chuva; Pegar no rabo da gata, Chamar velha de viúva; Botar milho em alçapão Para pegar azulão, Porém só pega lambu; Tomar banho de riacho; Plantio de mamão macho, São coisas do Pajeú.
Comer doce de umbuzeiro, Daquele meio rosado; Num cavalo, um fazendeiro Inspecionando o roçado. Sempre depois de almoçar, Vai a tarde descansar Na sombra de um mulungu. Levantar sem mais demoras Vendo o terço das seis horas, São coisas do Pajeú.
Carreiras desesperadas Ao tocar a campainha; Comprar 5 ou 6 cocadas; Chamar a mãe de mainha. Se benzer na água benta; Comer canjica, polenta, Cuscuz, pamonha e angu. Comprar um bolo na feira; Tomar chá de erva cidreira, São coisas do Pajeú.
Passarinho na gaiola; Uma dose de aguardente; Um som que sai da viola Do cantador de repente; Comprar fardo de pipoca; Retirar a mandioca Pra fazer goma e beju; Rezar pra Nossa Senhora Vendo o terço das 6 hora, São coisas do Pajeú.
O cheiro da carne assada, Arroz-doce, mugunzá, Feijão-verde, feijoada, Pinha, goiaba e cajá; Antes de estar posta a mesa, Toma o homem, com certeza, Uma doce de Pitú. Sem preocupação com luxo A não ser encher o bucho, São coisas do Pajeú.
Menino andando em jumento, Padre vestindo a batina; Alguém perde um documento; Saco de lixo em esquina; Lá, pertinho do terreiro, Debaixo de um cajueiro, Tomar cana com caju; “bebo” falando sozinho; Discussão com seu vizinho, São coisas do Pajeú.
É uma coisa encantada O mapa do meu sertão... A bela Serra Talhada, Itapetim, Solidão. Tabira tem cantadores, Mas atrai os compradores De bois nelore e zebu; Fica o sertão mais bonito, Pois tem São José do Egito Riqueza do Pajeú.
Tem a Santa Terezinha Que cidade hospitaleira; Brejinho, cidadezinha; Afogados da Ingazeira; Tem Santa Cruz e tem Flores, Quixaba senti odores Da flor do mandacaru. Iguaracy tem chão belo, Terra de Maciel Melo Tem que ser do Pajeú.
Tuparetama festeira, Carnaíba da cultura. Tem Triunfo e Ingazeira, Calumbi, beleza pura. Tem o forró pé-de-serra, Tem o gosto dessa terra Sabor de Louro e Xudu. Se tem vates do repente É porque toda essa gente Vem de lá do Pajeú.
Eu deixo aqui relatado O que eu tenho na lembrança, Pois se torna consagrado Nosso tempo de criança. E você que está me ouvindo Se pensar que estou mentindo Vou quebrar este tabu... Em vez de somente ler Você tem que conhecer As coisas do Pajeú.
Felipe Júnior
Um Pé de Poesia
QUADRO COLORIDO
Quando chove o sertão se enche de cores Vira um grande painel de plantas belas Canafístula de flores amarelas Misturada aos arbustos multicores Porém neste jardim com tantas flores Quando a seca se achega e aquece o chão Esmaece o verdor da região Murcha a grama no solo ressequido O NODESTE É UM QUADRO COLORIDO ONDE O VERDE DESBOTA NO VERÃO.
Barauna apesar de resistente No segundo semestre se escarpela Aroeira, árvore nobre forte e bela Com a seca se mostra decadente Aveloz, uma planta ardosa e quente Perde o viço por força do solão Quixabeira da margem do grotão Não sustentaum só ramo bem florido O NORDESTE É UM QUADRO COLRIDO ONDE O VERDE DESBOTA NO VERÃO
Só a árvore da margem do ribeiro Que mantém a raiz em terra fresca Oferece uma sombra pitoresca Para o velho e astuto comboieiro Que coduz sua tropa o ano inteiro Sem mostrar desespero ou aflição Comandando com resignação os trabalhos de um povo destemido O NORDESTE É UM QUADRO COLORIDO ONDE O VERDE DESBOTA NO VERÃO.
Quase tudo na flora sertaneja Se desfolha no tempo da estiagem Pocas coisas escapam na ramagem Nesta terra de gente benfaseja O sisal, a favela e a carqueja Se transformam como o camaleão Mudam as cores coforme a estação Mas com chuva sai tudu retingido O NORDESTE É UM QUADRO COLORIDO ONDE O VERDE DESBOTA NO VERÃO
Quando a gente viaja andando a pé Nas veredas do sertão nordestino Em missão de romeiro pergrino Para ver São Francisco em canindé Nem o sol escaldante estraga a fé Nem as nossas promessas ficam em vão Mas se a chuva molhar todo sertão Deixará nosso santo envaidecido O NORDESTE É UM QUADRO COLORIDO ONDE O VERDE DESBOTA NO VERÃO.
Gregório Filomeno de Menezes
Coluna poética
DOIS LADOS
Vejam quantas diferenças Neste contraste que existe De um lado é gente sorrindo De outro lado é gente triste
Pra quem vive nos Sertões Cada dia,,dez Leões É obrigado à enfrentar
Já quem está do outro lado Está muito bem situado E não tem do que reclamar.
X Quem trabalha o mês inteiro É pouco o seu rendimento Tem que trabalhar dobrado Pra aumentar o seu provento
Recebe o seu ordenado E quem lhe vendeu fiado Está querendo receber
Vai lá, paga e fica liso Compra mais porque é preciso E nunca para de dever
X Renda mal distribuída Uns com muito outros sem nada Quem pode mais sofre menos Um chora, outro dar risada
O fraco tem que ser forte E se apegar com a sorte Pra continuar vivendo
O forte escuta o lamento Ver o fraco em sofrimento Mas finge que não esta vendo
X Quem ganha com altos lucros É o rico, bilionário Fabricante,exportador Investidor, empresário
É cliente da Embraer Troca o avião quando quer Sua fortuna é graúda
Tem bens pelo mundo afora Mas não ouve se alguém chora Precisando de ajuda..
Em novembro, ano passado,
ResponderExcluirQuem assistiu ao primeiro,
Lembra da beleza enorme
Daquele show verdadeiro!
Então, sem respirar fundo,
Pegue a reta pro segundo!
Abraços! Dedé MOnteiro.
Um Nordestino no Sul
ResponderExcluirAutor Raimundo Nonato da Silva
Um Nordestino no Sul
Não passa de um Pelegrino
Tem do Nordeste no Sul
Homem Mulher e Menino
O que seria do Sul
Se não fosse o Nordestino
O Nordeste enriquece o Sul
Deixando a Terra avançada
Vai do Nordeste pro Sul
A mão de obra pesada
E se não fosse o Nordeste
O Sul não era de nada
O Nordestino trabalha
Para ver o Sul crescer
E o Sul por ser ingrato
Nunca sobe agradecer
Em troca cospe no rosto
De quem lhe ensinou viver
O Nordeste deu fama ao Sul
E o Sul mais nunca cai
Quando um Nordestino vem
Outro Nordestino vai
Mas o Sul não reconhece
O Nordeste como pai
O Sul e filho adotivo
Que o Nordeste adotou
Como pai lhe fez andar
Como mãe lhe amamentou
E o Sul não agradece
O pai bom que lhe criou
O Sul só não reconhece
Por ser o Sul desigual
Copara o Sul com um carro
Que caiu no lamaçal
E o Nordeste lhe tirou
Do atoleiro fatal
Vai trabalhador braçal
Do nordeste ao Sul também
Vai Chapeado e roceiro
Ate carpinteiro tem
Se não fosse o nordestino
No sul não tinha ninguém
O nordestino é parada
Luta muito e nunca falha
Pega cobra com mão limpa
Corta capim com navalha
Ensina ao povo do sul
Como é que se trabalha
Do nordeste pro sul vai
O trabalhador cativo
Trabalha como um escravo
Não chega ao objetivo
E as vezes por lá se acaba
Quem fez o sul ficar vivo
Triste é ver o nordestino
Sair pro sul do país
Pra viver como um escravo
Fazendo o que nunca quis
Por que não tem no nordeste
Um meio de ser feliz
Se tivesse dois países
Um nordeste outro Brasil
Eu creio que o nordeste
Ganharia nota mil
Começando do mais velho
Até o mais infantil
Vamos fazer no nordeste
Mais indústrias e mais empresas
Pro nordestino sair
Do sul que nos trás tristezas
Vamos fazer do nordeste
Um reinado de riquezas