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domingo, 24 de janeiro de 2010

A HORA DA POESIA por Pedro Fernando Malta

Arnaldo Ferreira glosando o mote:


Toda casa de taipa abandonada
Guarda os ecos de alguém que foi embora.


Pesquisando na casa da saudade
Inspirei-me no véu da esperança
Explorei um poema da lembrança
Duma casa que está pela metade
Foi alegre numa localidade
Hoje canta tristonha a caipora
O silêncio calado é quem lá mora
Quem foi bela tornou-se como nada
Toda casa de taipa abandonada
Guarda os ecos de alguém que foi embora.


* * *


Luizinho Caldas glosando o mote:


Eu não digo, ela não diz
Quem é que pode saber?


Certa coisa que já fiz
Com uma jovem em segrêdo
Revelar até faz medo
Eu não digo, ela não diz
É que eu quiz e ela quiz
Só podia acontecer
Mas, o bom é não dizer
Com quem isto aconteceu
Ela não diz e nem eu
Quem é que pode saber?


* * *


Sebastião Dias e Geraldo Amâncio glosando o mote:


Tem muito o que se contar
De uma casa abandonada


Sebastião Dias


Solidão apavorante
No centro da noite pasma
Gargalhada de fantasma
Que arrepia o visitante
Gira uma sombra ambulante
Consigo mesma assombrada
Grito de alma penada
Pedindo pra se salvar
Tem muito o que se contar
De uma casa abandonada


Geraldo Amâncio


Quem vai ali perde a calma
O sobrosso lhe acompanha
Escuta uma voz estranha
Ouve gente bater palma
Tem impressão que uma alma
Nessa casa é hospedada
Gritando de madrugada
Mandando a dona voltar
Tem muito o que se contar
De uma casa abandonada

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