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segunda-feira, 17 de maio de 2010

SERRA UTILIZA MÁQUINA PÚBLICA APÓS DEIXAR CARGO

Quarenta dias depois de sair do governo, tucano e equipe vão a eventos em carros oficiais. Na quarta-feira, 12 policiais faziam a segurança da casa do pré-candidato.



 
 No início de abril, alguns dias após Serra ter deixado o governo, seguranças e motoristas aguardavam na frente de sua casa, em SP 


Quarenta dias depois de deixar oficialmente o governo de São Paulo, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, tem usado estrutura do Estado em sua pré-campanha, iniciada formalmente no último dia 10 de abril.

O ex-governador, que transmitiu o cargo para o vice Alberto Goldman em 6 de abril, conta com policiais militares na sua segurança. Em São Paulo, ele e seu staff têm ido a eventos em carros oficiais.

Os agentes - policiais vinculados à Casa Militar - também acompanham Serra em viagens pelo Brasil. Os gastos com combustível e celular usados pela equipe de segurança também ficam a cargo do governo.

Os profissionais de comunicação contratados para a campanha mantinham, pelo menos até sexta-feira, os mesmos números de celular de quando atuavam na assessoria do Palácio dos Bandeirantes.

Amparado em decreto estadual, de março de 2004, o governo afirma, em nota, que não há ilegalidade no uso da segurança do Estado. O decreto prevê “a prestação de serviços de atendimento funcional e, complementarmente, de segurança” a ex-governadores durante todo o mandato do sucessor.

Contudo não estabelece um limite de policiais a serviço do ex-governador. Na última quarta-feira, 12 homens vigiavam a casa de Serra, no Alto de Pinheiros, na zona oeste da capital. O governo não informou o número de agentes que acompanham o pré-candidato, alegando “razões de segurança”.

Em 2006, quando, sob a vigência do mesmo decreto, também deixou o Palácio dos Bandeirantes para concorrer à Presidência da República, o ex-governador Geraldo Alckmin contou com o serviço de dois ajudantes-de-ordem e circulava em sua Parati particular.

Quanto aos celulares usados pelos profissionais de comunicação, a Secretaria de Comunicação afirma que os jornalistas podem optar pela manutenção dos números após o desligamento do governo. Ainda segundo a assessoria, os cofres públicos são ressarcidos em caso de despesas “residuais ou remanescentes”.

De acordo com a assessoria da campanha tucana, as despesas com comunicação são cobertas pelo PSDB.

Viagens

Embora a campanha só comece oficialmente em julho, Serra tem viajado pelo país desde o dia 14 de abril, quando desembarcou em Salvador (BA) -onde deve ocorrer a convenção oficial para formalizar sua candidatura, em 12 de junho.

Até sexta-feira, já tinha feito 15 viagens, passando por dez Estados. Nessas visitas, concede entrevistas a rádios e TVs locais, participa de eventos com empresários e políticos, e interage com os possíveis eleitores.

Suas atividades de pré-campanha são registradas por uma equipe de filmagem da empresa GW, do jornalista Luiz Gonzalez, responsável pelo marketing de sua campanha. A empresa é paga pelo diretório estadual do PSDB em São Paulo.

Em visita a Maceió, em 16 de abril, Serra disse que as filmagens destinavam-se a um “arquivo” e que, se as imagens fossem para a campanha, estaria usando um microfone de lapela. No entanto, ele tem usado o acessório em várias ocasiões.

A assessoria da campanha informou que “o objetivo das filmagens é documentação”. Não esclareceu se elas serão usadas posteriormente em propagandas eleitorais, com a disputa oficialmente em andamento.

Além de pagar a GW, o PSDB estadual assumiu gastos como aluguel de salas e de avião na atual fase de pré-campanha.

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