Redes sociais

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

SONETO À MORTE - Felipe Júnior


Quando o tempo não quer saber de nada
E o relógio da vida bate às dez,
Quando é vã cada prece dos fiéis,
É sinal que acabou nossa jornada.

Quando o brusco silêncio da invernada
Se confunde ao barulho dos corcéis
E a batalha perder os seus papéis,
Já foi tarde o “bater da retirada”.

Se o clarão nunca mais nos clareasse,
Se essa roda do tempo não girasse,
Nossa vida seria um poço fundo.

Mas se foi a esperança que acabou,
Com certeza a tal morte iniciou
A procura incessante a um outro mundo.


Felipe Júnior

1 Comentários:

GOSTOU DA POSTAGEM? DEIXE O SEU COMENTÁRIO.