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sábado, 26 de setembro de 2009

UM TEXTO DE BRAGA HORTA

A taça na qual Jesus bebeu o vinho na Santa Ceia teria sido a mesma na qual mais tarde José de Arimatéia colheu o sangue que jorrou do Cristo quando, crucificado, recebeu o golpe de misericórdia dado pelo lança do soldado romano Longinus.

A etimologia da palavra Graal não tem sido bem estabelecida, mas há quem a considere como oriunda do latim “gradalis”, ou, simplesmente,“cálice”.

Uma versão do sentido do termo Santo Graal pretende que ele venha de “sangue real” (algo como “Sang’r’al”).

A história do Santo Graal popularizou-se na Europa nos séculos XII e XIII por meio do romance “Le Conte Du Graal”, de Chrétien de Troyes, publicado por volta de 1190, que conta a busca de Perceval, um dos Cavaleiros da Távola Redonda do Rei Arthur, pelo cálice.

Entre 1200 e 1210 poeta francês Robert de Boron publicou o Roman de L’Estoire du Graal, que tornou-se a versão mais popular da história, que contém os elementos da lenda em suas versões mais difundidas.

Na literatura medieval, a procura do Graal representava a tentativa por parte do cavaleiro de alcançar a perfeição, criando-se um complexo conjunto de histórias relacionadas com o reinado de Artur na Inglaterra e a busca que os cavaleiros da Távola Redonda promoveram para encontrá-lo, salvar a vida do rei e devolver a paz ao reino, nas quais são misturados elementos cristãos e pagãos relacionados à cultura Celta.



Versões as mais variadas dizem que o Santo Graal foi para a França, pelas mãos de Maria Madalena, a única mulher, além de Maria, Mãe de Jesus, presente na crucificação do Cristo. Já a ida do Santo Graal para a Inglaterra é justificada “por ter sido José de Arimatéia o fundador da Igreja inglesa, para onde foi ao sair da Palestina”.


Segundo algumas histórias, o Santo Graal teria ficado sob a tutela da Ordem do Templo, também conhecida como Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, instituição militar-religiosa criada para defender as conquistas nas Cruzadas e os peregrinos na Terra Santa.

Segundo uma das versões da lenda, os Templários teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château, sendo que em outra versão ele teria sido transportado de Constantinopla (Istambul) para Troyes, na França, onde desapareceu durante a Revolução Francesa.

Há séculos a taça sagrada vem sendo procurada por pesssoas, religiosas ou não, tanto pelo seu valor místico e histórico, quanto por poderes miraculosos que a ela são atribuídos.

Uns acreditam que a taça ainda existe, outros afirmam que não passa de uma lenda e que a que serviu ao Cristo certamente perdeu-se no tempo, como seus demais pertences – suas vestes, suas sandálias e o próprio pano mortuário, conhecido como O Manto Sagrado.

É possível que nada tenha sido preservado da passagem de Jesus pela Terra - nem a Cruz, ou a Coroa de Espinhos - por não se ter atinado à época de Sua subida aos Céus com o valor que a história e a religião atribuiriam a tais objetos.

Mais de dois mil anos se passaram, os homens ainda sonham em conseguir encontrar a taça tocada pelos lábios de Jesus, banhada com o Sangue do Cristo, ignorando que ela pode não mais existir, mas os milagres que procuram podem produzir-se pela busca e pelo encontro da Graça, pelo simples exercício da Fé.

Ou seja, simbolicamente o Santo Graal pode ser encontrado dentro do próprio ser que o busca.

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