CONTRA CACHIMBO DA PAZ
De morreres de amores tu fingiste
Meu juízo pacífico alopraste
Meu castelo de sonhos tu ruíste
Meu chuvisco sereno trovoaste
Meus colchetes do peito tu abriste
E os passeios venosos, pressionaste
Se os meus doze por oito tu subiste
Minhas fibras cardíacas enfartaste.
O sofrer de minh`alma tu poliste
Contra teu próprio sangue guerreaste
Baionetas e adagas preferiste
Meu cachimbo da paz tu apagaste.
Nossos trilhos dormentes dividiste
Nossas camas sedosas encrespaste
Nossos vinhos e jantas consumiste
Teus caninos rangentes palitaste
Quietude e sossego sacudiste
No motim que tu mesma deflagraste
Uma estátua de ódio esculpiste
Na avenida, que, sem pudor, barraste.
Jessier Quirino
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